arrisca-te a viver

Caminhos ....

25.7.15

Sim, eu acredito, eu acredito que tu existes e que um dia vais vir.
Eu acredito que um dia agarras na minha vida com tanta força, que não deixarás eu ir embora novamente.
Acredito que as tuas palavras, para lá de verdadeiras um dia soarão no meu ouvido, que essas tuas palavras, um dia sairão não da tua boca mas do teu coração, como flechas que já não consegues comandar, que já não consegues controlar, porque chegará o momento, o nosso momento, e eu estarei aqui para te guiar, para te ouvir. 

Darte-ei a minha mão, o meu coração, a minha alma, que já é tua mesmo sem saber, darte-ei o meu sorriso, que já é teu e te devolverei o teu. Sim esse teu sorriso, com o olhar, com a alma de quem ainda não se descobriu, de quem ainda se sente perdido, sem rumo, uma alma que teima em lutar contra o mundo. 
Darte-ei a minha mão e te guiarei pelo teu caminho, darei os teus passos, tocarei no teu chão e pisarei cada pedra por onde caminhares. Calçarei os teus sapatos e com eles percorrerei a tua estrada. Sentirei as tuas dores, as tuas pancadas, os teus golpes mas te darei a força para te levantares, para te ergueres dessa escuridão, porque eu sou a tua luz.
Busca a tua liberdade, a tua confiança, o teu acreditar. Ergue os teus braços e deixa-te ir, abre as asas carregadas de esperança, de liberdade, sem preconceitos, sem medos, sem dualidades. Sente-te a voar, sente a liberdade daquilo que és, daquilo que sentes.
Eu estarei aqui à tua espera, estarei à espera do teu despertar, do dia em que parares e ouvires o teu coração, só e apenas o teu coração, ele não te engana, jamais ele te engana.
Abraça-me! Quero sentir o teu calor, sentir de novo o teu toque, o toque dessas mãos imperfeitas, de quem luta todos os dias. O teu cheiro, quero sentir a aspereza da tua pele de quem não conhece a suavidade, mas que me sabe tão bem, que me aconchega como ninguém, que me devolve a vida.
Apenas vem sem medos, nem receios, abre os olhos e sente, abre o coração e sente, abre o teu sorriso e deixa-te sentir, só e apenas sente ... 


Sónia Gonçalves


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