Falar de amor é sempre bonito, mágico e enriquecedor , difícil é perceber se já conseguimos mergulhar na verdade do amor!
Há quem diga que depois dos 40´ já não se consegue amar, que colocamos todas as barreiras contra esse sentimento, porque nos sentimos mais seguras assim.
Há quem diga que depois dos 40´ já não se consegue amar, que colocamos todas as barreiras contra esse sentimento, porque nos sentimos mais seguras assim.
Amar depois dos 40 ´é estar livre das desordens da juventude, das lágrimas derramadas decorrentes das paixões, onde primeiro mergulhávamos de cabeça e só depois mediamos a profundidade.
Depois dos 40´ já muito se sentiu as borboletas no estômago, a loucura da paixão, os jantares á luz das velas. Mas também já se viveu a falta de atenção, a mão que não encontramos quando precisamos, a voz que não ouvimos quando chegamos a casa depois de um dia difícil, as primeiras oportunidades, as segundas, ás vezes as terceiras, o voltar atrás, o correr atrás com a esperança da mudança, as desilusões, a rutura, a mágoa, o sofrimento, a dor.
Depois dos 40´ endurecemos o coração, tornamo-nos conscientes, fechadas, cautelosas, mas muito mais maduras ... para amar. Porque o amor depois dos 40`s é outro amor, é o saber que temos a liberdade de viver, de dizer não, de nos amar primeiramente, de não viver na ansiedade do dia nem da hora, é ter a maturidade de saber o que queremos, é não perder tempo com alguém que não nos acrescenta valor, é não acreditar em palavras e dar mais valor á essência, é não esperar nada, é saber o nosso valor enquanto mulheres, não ir atrás da imaturidade, da inconsciência, da infantilidade, é saber que mesmo sozinhas podemos contar com o maior amor de todos, o amor por nós mesmas, baseado na dignidade e no respeito.
Depois dos 40´entramos na maior fase da descoberta da vida da mulher, a fase da redescoberta, da necessidade de retornarmos a nós próprias, passamos a aproveitar o serão acompanhadas por um bom vinho e um bom filme, aprendemos a apreciar a nossa companhia, descobrimos que é a melhor. Aprendemos a saudar as nossas memórias no momento certo, a sorrir e a nos acalmar com elas. Entendemos que tipo de mulher somos, com as nossas forças e as nossas fraquezas e aprendemos que ter fraquezas também é bom. Estamos mais voltadas para nós próprias, para o nosso corpo, para a nossa imagem, para a nossa própria aparência, pela forma como nos olhamos, até mesmo pela forma como nos movemos, aprendemos a apreciar uma boa música e mesmo sozinhas dançamos, cantamos, sorrimos, descobrimos que esses momentos são especiais e queremos viver mais, muito mais.
Já não voltamos atrás, afinal já voltamos tantas vezes antes que já percebemos que voltar atrás, é quase como tentar nadar no rio em sentido contrário á corrente, e nós não hesitamos em devolver ao rio aquilo que de verdade já não tem valor para nós.
A nossa ânsia de viver mais, de descobrir cada vez mais de nós, não nos leva a voltar atrás. Percebemos que queremos mais, percebemos que já não nos contentamos com cascalhos, e queremos o diamante.
Amar depois dos 40 ´é amar com o coração, com a alma, é perceber que até ali nunca soubemos o que era o verdadeiro amor, porque a verdadeira transcendência do sentimento dos outros é resumido em como nós nos comtemplamos. É sermos donas da porra da nossa vida e jogar pró alto tudo o que é demasiado pequeno para nós, porque depois dos 40 tornamo-nos gigantes, grandes de alma, de espírito, de consciência.
Amar depois dos 40 ´é não olhar trás, é saber esperar, é ter fé, é acreditar, é ter a maturidade de poder escolher com qual dos rubis ela quer partilhar. Porque ela já descobriu que o maior diamante é ela própria, e na sua vida só brilha quem ela decidir brilhar.
0 comentários