Ela ...
Ela já não acreditava em rosas, em palavras dóceis, em sentimentos genuínos, em olhares. As rosas contêm espinhos, as palavras são peças de teatro, os sentimentos são fábricas de sonhos, e os olhares contêm passados por resolver.
Ela...
Ela ...
Ela precisou parar e respirar, dar um intervalo ao coração e ouvir o seu eu. Permitiu - se chorar, para de seguida limpar os seus olhos e conseguir ver a vida de uma forma mais límpida.
Percebeu que nada que seja fora de nós, vale a pena ser trocado pela tranquilidade e paz que conquistamos dentro de nós próprios.
Ela hoje já não é a mesma, ela hoje é a melhor versão dela própria, ela aprendeu a olhar o passado e a sorrir, aprendeu que a vida é muito mais do que esperar por alguém, ela hoje sabe que só a ela cabe o direito de chorar cada lágrima, de enfrentar cada tempestade, só a ela, cabe o direito de viver, só a ela cabe o direito de ser vida.
Ela hoje já não vive o mundo de ninguém, porque ela criou o seu próprio mundo e é lá que ela quer viver.
Ela é fria?
Nada disso, ela é quente, é doce, é ternura, é genuína, a diferença é que esse é o momento dela, e só a ela cabe o direito de vive-lo. Ela já perdeu demasiado em vidas que não eram dela, em sorrisos que não eram dela, em olhares que não eram os seus. Ela já duvidou daquilo que era e do que era capaz, para abraçar vidas que não lhe pertenciam.
Ela hoje vive a sua verdade, ela não quer olhar para trás e se arrepender por não se ter respeitado como era e o que era, porque todo aquele que mergulha na verdade do outro, desconhece se de si próprio e, não há nada mais triste do que não nos conhecermos a nós mesmos.
Hoje ela é livre, e essa liberdade tem uma vida ainda por descobrir.
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